sábado, 3 de outubro de 2009

O Homem que mais defendeu as mulheres

As mulheres frequentemente foram silenciadas, controladas, diminuídas e tratadas como subumanas nas mais diversas sociedades humanas. Todavia, houve um homem que lutou sozinho contra o império do preconceito. Ele foi incompreendido, rejeitado, excluído, mas não desistiu dos seus ideais. Ninguém apostou tanto nas mulheres como ele. Fez das prostitutas rainhas, e das desprezadas, princesas. Muitos dizem que ele é o homem mais famoso da história, mas poucos sabem que foi ele quem mais defendeu as mulheres. Seu nome é Jesus Cristo, o Mestre dos Mestres na arte de viver. Esse texto não fala de uma religião, mas da filosofia e da psicologia do homem mais complexo e ousado de que se teve noticia.
Nos tempos de Jesus os homens adúlteros não sofriam punição severa. Todavia, a mulher adultera era arrastada em praça pública, suas vestes rasgadas e, com os seios à mostra, eram apedrejadas sem piedade. Enquanto sangravam e agonizavam, pediam compaixão, mas ninguém as ouvia. A cena, inesquecível, ficava gravada na mente e perturbava a alma para sempre.
Certa vez, uma mulher foi pega em adultério. Arrancaram-na da cama e a arrastaram centenas de metros até o lugar em que Jesus se encontrava. A mulher gritava “Piedade! Compaixão!”, enquanto era arrastada; suas vestes iam sendo rasgadas e sua pele sangrava esfolando-se na terra.
Jesus estava dando uma aula tranqüila na frente do templo. Havia uma multidão ouvindo-o atentamente. Ele lhes ensinava que cada ser humano tem um inestimável valor, que a arte da tolerância é a força dos fortes, que a capacidade de perdoar está diretamente relacionada à maturidade das pessoas. Suas idéias revolucionavam o pensamento humano, por isso começou a ter muitos inimigos. Na época, os judeus constituíam um povo fascinante, mas havia um pequeno grupo de radicais que passou a odiar as idéias do Mestre. Quando trouxeram a mulher adultera até ele, a intenção era apedrejá-lo juntamente com ela, usa-la como isca para destruí-lo.
Ao chegarem com a mulher diante dele, a multidão ficou perplexa. Destilando ódio, comentaram que ela fora pega em flagrante adultério. E perguntaram qual era a sentença dele. Se dissesse “Que seja apedrejada”, ele livraria a sua pele, mas destruiria seu projeto transcendental, seu discurso e principalmente seu amor pelo ser humano, em especial pelas mulheres. Se dissesse “Não a matem!”, ele e a mulher seriam imediatamente apedrejados, pois estaria indo contra a tradição daqueles radicais. Se os fariseus tivessem feito a mesma pergunta aos discípulos de Jesus, estes provavelmente teriam dito para matá-la. Assim se livrariam do risco de morrer.
Qual foi a primeira resposta do Mestre diante desse grave incidente? Se você pensou: “Quem não tem pecado atire a primeira pedra!”, errou, essa foi a segunda resposta.
A primeira foi não dar resposta, foi o silêncio.
Só o silêncio pode conter a sabedoria quando a vida está em risco. Nos primeiros 30 segundos de tensão cometemos os maiores erros de nossas vidas, ferimos quem mais amamos. Por isso, o silencio é a oração dos sábios. Para o Mestre dos Mestres, aquela mulher, ainda que desconhecida, pobre, esfolada, rejeitada publicamente e adultera, era mais importante do que todo o ouro do mundo, tão valiosa como a mais pura das mulheres. Era uma jóia raríssima, que tinha sonhos, expectativas, lágrimas, golpes de ousadia, recuos, enfim, uma historia fascinante, tão importante como a de qualquer mulher. Valia a pena correr riscos para resgatá-la.
Para o Mestre dos Mestres não havia um padrão para classificar as mulheres. Todas eram igualmente belas, não importando a anatomia do seu corpo, não importando nem mesmo se erravam muito ou pouco. Jesus precisava mudar a mente dos acusadores, mas nunca ninguém conseguiu mudar a mente de linchadores. O “eu” deles era vítima das janelas do ódio, não eram autores da sua história, queria ver sangue. O que fazer, então?
Ao optar pelo silencio, Jesus optou por pensar antes de reagir. Ele escrevia na areia, porque escrevia no teatro da sua mente. Talvez dissesse para si mesmo: “Que homens são esses que não enxergam a riqueza dessa mulher? Por que querem que eu a julgue, se eu quero amá-la? Por que, em vez de olhar para os erros dela, não olham para seus próprios erros?”
O silencio inquietante de Jesus deixou os acusadores perplexos, levando-os a diminuir a temperatura da raiva, da tensão, oxigenando a racionalidade deles. Num segundo momento, eles voltaram a perguntar o veredicto do Mestre. Então, finalmente, ele se levantou. Fitou os fariseus nos olhos, como se dissesse: “Matem a mulher! Todavia, antes de apedrejá-la, mudem a base do julgamento, tenham a coragem de ser transparentes em enxergar as suas falhas, erros e contradições”. Esse era o sentido de suas palavras. “Quem não tem pecado atire a primeira pedra!”
Os fariseus receberam um choque de lucidez com as palavras de Jesus. Saíram do cárcere de suas emoções. Deixaram de ser vítimas do instinto de agressividade e passaram a gerenciar suas reações. O homo sapiens prevaleceu sobre o homo bios, a racionalidade voltou. O resultado é que eles saíram de cena. Os mais velhos saíram primeiro porque tinham acumulado mais falhas ao longo da vida ou porque eram mais conscientes delas.
Jesus olhou para a mulher e fez uma delicada pergunta: “Mulher, onde estão seus acusadores?” O que ele quis dizer com essa pergunta e por que a fez? Em primeiro lugar, ele chamou a adultera de “mulher”, deu-lhe o status mais nobre, o de um ser humano. Ele não perguntou com quantos homens ela dormira. Para o Mestre dos Mestres, a pessoa que erra é mais importante do que seus próprios erros. Aquela mulher não era uma pecadora, mas um ser humano maravilhoso. Em segundo lugar, perguntou: “Onde estão os seus acusadores? Ninguém a acusou?” Ela respondeu:
“Ninguém”. Ele reagiu: “Nem eu”. Talvez ele fosse a única pessoa que tivesse condições de julgá-la, mas não o fez. O homem que mais defendeu as mulheres não a julgou, mas compreendeu, não a excluiu, mas a abraçou. As sociedades ocidentais são cristãs apenas no nome, pois desrespeitam os princípios fundamentais vividos por Jesus. Um deles é o respeito incondicional pelas mulheres!
O homem que mais defendeu as mulheres não parou por aí. Sua ultima frase indica o apogeu da sua humanidade, o patamar mais sublime da solidariedade. Ele disse para a mulher: “Vá e refaça seus caminhos”. Essa frase abala os alicerces da psiquiatria, da psicologia e da filosofia. Jesus tinha todos os motivos para dizer: “De hoje em diante, sua vida me pertence, você deve ser minha discípula”. Os políticos e autoridades usam seu poder para que as pessoas os aplaudam e gravitem em sua órbita. Mas Jesus, apesar do seu descomunal poder sobre a mulher, foi desprendido de qualquer interesse. “Vá e revise a sua historia, cuide-se. Mulher, você não me deve nada. Você é livre!”
Jesus a despediu, mas ela não foi embora. E por quê? Porque o amou. A base fundamental da liberdade é a capacidade de escolha, e a capacidade de escolha só é plena quando temos liberdade de escolher o que amamos. Todavia, estamos vivendo em uma sociedade em que não conseguimos sequer amar a nós mesmos. Estamos nos tornando mais um numero de cartão de crédito, mais um consumidor potencial. Isso é inaceitável.

















(Texto adaptado do livro: A ditadura da Beleza e a revolução das mulheres. Augusto Cury).
Tão, tão avoada estou, que nem escrever em direta ordem consigo eu...

[*suspiro*]


Quando no lugar estiver outra vez a minha cabeça, postar interessante algo prometo.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sobre os Livros...

"Na deixa da virada do milênio, anuncia-se um revolucionário conceito de tecnologia de informação, chamado de Local de Informações Variadas, Reutilizáveis e Ordenadas - L.I.V.R.O. Ele representa um avanço fantástico na tecnologia. Não tem fios, circuitos elétricos, pilhas. Não necessita ser conectado a nada nem ligado.
É tão fácil de usar que até uma criança pode operá-lo. Basta abri-lo!
Cada L.I.V.R.O. é formado por uma seqüência de páginas numeradas, feitas de papel reciclável e são capazes de conter milhares de informações. As páginas são unidas por um sistema chamado lombada, que as mantém automaticamente em sua seqüência correta.
Através do uso intensivo do recurso TPA - Tecnologia do Papel Opaco - permite que os fabricantes usem as duas faces da folha de papel. Isso possibilita duplicar a quantidade de dados inseridos e reduzir os seus custos pela metade! Especialistas dividem-se quanto aos projetos de expansão da inserção de dados em cada unidade. É que, para se fazer L.I.V.R.O.s com mais informações, basta se usar mais páginas. Isso, porém, os torna mais grossos e mais difíceis de serem transportados, fato que atrai críticas dos adeptos da portabilidade do sistema.
Cada página do L.I.V.R.O. deve ser escaneada opticamente, e as informações transferidas diretamente para a CPU do usuário, em seu cérebro. Lembramos que quanto maior e mais complexa a informação a ser transmitida, maior deverá ser a capacidade de processamento do usuário.
Outra vantagem do sistema é que, quando em uso, um simples movimento de dedo permite o acesso instantâneo à próxima pagina. O L.I.V.R.O. pode ser rapidamente retomado a qualquer momento, basta abri-lo. Ele nunca apresenta "ERRO GERAL DE PROTEÇÃO", nem precisa ser reiniciado, embora se torne inútil caso caia no mar, por exemplo.
O comando "broxe" permite acessar qualquer página instantaneamente e avançar ou retroceder com muita facilidade. A maioria dos modelos à venda vem com o equipamento "índice" instalado, o qual indica a localização exata de grupos de dados selecionados.
Um acessório opcional, o marca-páginas, permite que você acesse o L.I.V.R.O. exatamente no local em que o deixou na
última utilização, mesmo que ele esteja fechado. A compatibilidade dos marcadores de página é total e permite que funcionem em qualquer modelo ou marca de L.I.V.R.O. ,
sem necessidade de configuração. Além disso, qualquer L.I.V.R.O. suporta o uso simultâneo de vários marcadores de página, caso seu usuário deseje manter selecionados vários trechos ao mesmo tempo. A capacidade máxima para uso de marcadores coincide com o número de páginas.
Pode-se ainda personalizar o conteúdo do L.I.V.R.O., através de anotações em suas margens. Para tanto, deve-se utilizar de um periférico de Linguagem Apagável Portátil de Intercomunicação Simplificada - L.A.P.I.S..
Portátil, durável e barato, o L.I.V.R.O. é apontado como o instrumento de entretenimento e cultura do futuro. Milhares de programadores desse sistema disponibilizaram vários títulos e upgrades para a utilização na plataforma L.I.V.R.O."
Autor: Millôr Fernandes

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Homenagens

Outro dia estive relendo um livro meu já bem antigo. Nele, a protagonista fala uma coisa que eu acho que agora começo a entender (vai ver é por causa da proximidade do meu aniversário =)). Ela disse, mais ou menos, que quando a gente é bem novinha, sempre fica pensando quando é que vai acontecer, quando vamos ficar “adultos”! Ser gente grande! Aí o tempo vai passando. A gente faz 18 anos, 19, mais tarde 20, 30, 40 e quando a gente para e olha dentro da gente mesma, percebe que se continuou uma criança. Que esse negócio de adulto não existe porcaria nenhuma. O que existe é que a vida vai empurrando a gente sempre pra frente, e de repente arruma namorado, emprego, filho, mas lá, lá no fundo do coração, a gente continua com todos os medos, tristezas e carências... Acho que deve ser assim mesmo.
Mas tem coisas que ficam e tem coisas que se vão...
Muitas coisas se vão... E eu sempre vou sentir falta delas, mas de certa forma, elas nunca se vão pra sempre. Elas ficarão marcadas no meu coração, a ferro e fogo! Elas não me deixarão só, me acompanharão aonde quer que eu vá. Este post, então, é em memória a essas coisas, pessoas, lugares, fatos, que não podem mais voltar a ser o que eram, mas ficarão comigo, intocáveis, pra sempre! Dedico esse post:

1. Aos meus tios Waldir e Simone. Com os quais passei bons momentos da minha infância.
Por que não volta?
Infelizmente o casamento deles chegou ao fim junto com 2008.



2. À casa dos meus tios supracitados. Lugar onde passei muitas das minhas férias de verão.
Por que não volta?
Com o fim do casamento, a casa entrou num processo de reforma. Ainda estará lá quando eu for visitá-la, mas nunca mais será a mesma.


3. À casa de praia da família, em Itamaracá. Passei bons fins de semana e carnavais lá...
Por que não volta?
A casa foi vendida.




4. Ao meu primo/irmão Andinho. Crescemos juntos, ainda me lembro de quando dizíamos a todos que éramos irmãos... Lembrarei sempre das suas loucuras!
Por que não volta?
Meu primo ainda está aí, tá! Mas agora é diferente. Pra resumir: todo mundo anda dizendo que ele criou juízo!!!


5. Ao Meu primo supracitado (gosto desse termo pq akbei de aprender. rsrsrs) de novo.
Por que não volta?
Meu, além de estar criando juízo, ainda me veio com uma história de que queria fazer faculdade de ENGENHARIA!!! Tá aí, nem toda mudança é má!


6. À casa da minha vó Dulce. Onde morei quase toda a minha infância.
Por que não volta?
Também foi vendida...


7. Ao desenho animado “Caverna do Dragão”. Eu era viciada nele!
Por que não volta?
Não acredito ainda que esperei tanto pra ver o final deste desenho, pra depois de tanto tempo descobrir que, simplesmente, não fizeram o final! Absurdo!!!





E por último
8. Ao Calvin e ao Haroldo, na tira mais triste de todos os tempos:

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Atualizando

Caramba, como faz tempo que eu não atualizo esse blog!!!
Bom, aconteceu uma pancada de coisas, mas vou ser breve:
1º) Fui aprovada no 1º Período de publicidade com média 8,13.
(eu nem acreditei!)
2º) No Natal fui pra festa da família (que ao contrário do que muitos podem pensar, é superlegal. Minha família é demais!) e passei o Ano Novo em Boa Viagem (pela primeira vez, apesar de morar no Recife à uns 16 ou 17 anos). Nossa, os fogos foram lindos!
3º) Eu, meus pais, tios e primos fomos pra João Pessoa no começo do ano, quer dizer, mais ou menos, pq a gente até foi lá, mas a pousada ficava na praia de Jacumã, que é bem pertinho. (aos que já foram por aquele lado e podem estar comentando agora, eu direi de uma vez: sim, Jacumã é aquela praia vizinha de Tambaba – a famosa praia de nudismo – e antes que perguntem, sim eu fui a Tambaba, mas não entrei na parte q tem q ficar pelado. Eu fiquei só na entrada.)
4º) Quase no fim do mês eu e meus pais fomos pra Triunfo visitar uns tios. Lá é superlegal, pelo menos eu acho, já a minha mãe, que morou o maior tempão na beira da praia, acha tudo meio chato e parado. Lá tava bem frio (e é verão!), mas a gente (subentenda-se meu irmão e meus priminhos) ainda tivemos coragem de ir pro parque aquático. Lá as piscinas são de águas naturais, ou seja o sol pode ta fritando todos os seus miolos, mas aquela água serrana da piscina te congela até a alma!!!
5º) Quando voltamos da viagem, nos mudamos pra uma casa nova (assim a casa não é nova entende? Ela é nova pra gente que não morou lá. Mas também não vá pensar que é uma casa velha, ela é até nova na verdade, mas... ah! Deixa pra lá, vc entendeu!). Deu o Maior trabalho, o bom é que a tal casa nova é do outro lado da rua onde eu já morava antes, foi só atravessar as coisas...
6º) E pra terminar finalmente essa atualização: Volta às aulas! Finalmente nessa segunda, dia 2, começaram as aulas! Não que eu não goste das férias, mas é tão bom ir á aula, estudar coisas novas, ver os amigos, sair um pouco de casa, enfim...
Bom acho que é isso aí.